Tutorial de Low-tech Lab | Catégories : Habitat, Énergie
Aquecedor semi-desmontável com inércia térmica. Um aquecedor-a-lenha (ou aquecedor-de-acumulação residencial, ou calefator caseiro) é um equipamento de aquecimento primário. Seu interior, composto por materiais pesados (pedra, tijolo ou concreto), armazena a energia que é produzida por uma combustão diária única e intensa (entre 1 e 3 horas), e permanece emitindo calor por um longo tempo após a extinção da chama (por até 24 horas). Seu aquecedor confere-lhe uma inércia térmica que permite atenuar a curva de temperatura no interior de um edifício (o que os fez serem chamados de "fornos de inércia"). Toda a quantidade de madeira necessária para aquecer o ambiente é queimada de uma só vez, o que induz a altas temperaturas dentro do aquecedor (calefator), e permite obter uma combustão completa e pouco poluente. Esse aquecedor foi concebido para absorver a maior parte da energia da combustão e da fumaça. Ao sair da estufa, a fumaça fica, portanto, consideravelmente resfriada. O calor acumulado é difundido principalmente por radiação e, em menor porcentagem, por convecção. O modo de aquecimento por radiação exige que o aquecedor seja colocado no centro do ambiente. A maioria dos aquecedores-a-lenha atuais são colocados na sala principal, aberta para a sala-de-estar, sala de jantar e cozinha. Com um rendimento majoritariamente superior a 80%, esses aquecedores (calefatores) estão entre os equipamentos movidos a lenha mais eficientes. Assista ao vídeo do tutorial aqui.
Aquecedor semi-desmontável com inércia térmica. Um aquecedor-a-lenha (ou aquecedor-de-acumulação residencial, ou calefator caseiro) é um equipamento de aquecimento primário. Seu interior, composto por materiais pesados (pedra, tijolo ou concreto), armazena a energia que é produzida por uma combustão diária única e intensa (entre 1 e 3 horas), e permanece emitindo calor por um longo tempo após a extinção da chama (por até 24 horas). Seu aquecedor confere-lhe uma inércia térmica que permite atenuar a curva de temperatura no interior de um edifício (o que os fez serem chamados de "fornos de inércia"). Toda a quantidade de madeira necessária para aquecer o ambiente é queimada de uma só vez, o que induz a altas temperaturas dentro do aquecedor (calefator), e permite obter uma combustão completa e pouco poluente. Esse aquecedor foi concebido para absorver a maior parte da energia da combustão e da fumaça. Ao sair da estufa, a fumaça fica, portanto, consideravelmente resfriada. O calor acumulado é difundido principalmente por radiação e, em menor porcentagem, por convecção. O modo de aquecimento por radiação exige que o aquecedor seja colocado no centro do ambiente. A maioria dos aquecedores-a-lenha atuais são colocados na sala principal, aberta para a sala-de-estar, sala de jantar e cozinha. Com um rendimento majoritariamente superior a 80%, esses aquecedores (calefatores) estão entre os equipamentos movidos a lenha mais eficientes. Assista ao vídeo do tutorial aqui.
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O poelito é um aquecedor-a-lenha com inércia térmica destinado a ambientes pequenos e/ou leves (caminhão, yurt, caravana, casa móvel, barcaça, etc.). Esses ambientes são caracterizados por possuírem:
Princípio de funcionamento: O princípio do poelito é combinar "massa" e "mobilidade": parte da inércia é produzida pela areia, que é facilmente removível. O aquecedor, uma vez esvaziado, é mais fácil de ser deslocado. Quanto ao uso, o aquecedor Rocket funciona por meio de abastecimento vertical, o que permite uma auto-abastecimento de lenha por gravidade. A combustão (aspiração das chamas) ocorre no lado inferior, o que permite a entrada de ar por cima do combustível. É um design original que oferece um desempenho muito bom, mas requer certa habilidade para o uso.
Este tutorial foi elaborado com David Mercereau. É uma transcrição do trabalho de Vital Bies desde a origem da idéia, do desenho do poelito e da redação do manual. Agradecemos a eles o trabalho voltado para os leigos. Neste tutorial, são detalhados apenas a fabricação e uso do poelito; opções adicionais estão disponíveis no manual do Vital, tais como escotilhas varredoras, associação com bancada aquecida ou aquecedor de água. Também não abordamos os furos de evacuação de areia, que dificultam a construção. A areia consegue sair sem problema pela parte superior do aquecedor.
Veja neste relatório uma análise do uso deste poelito, bem como dos 11 outros equipamentos low-techs testados durante o projeto En Quête d'un Habitat Durable [Em Busca de um Ambiente Sustentável].
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Metal
Ferragens:
Concreto armado (betão):
Fôrma (cofragem)
Segurança
Traço / Medida
Metal
Concreto armado (betão):
Fôrma (cofragem)
A construção deste aquecedor requer numerosos componentes, que podem ser adquiridos novos ou recuperados.
ATENÇÃO 1: Os dois tubos necessários para o braseiro (fixo) e o abastecimento (removível) devem ter um encaixe macho-e-fêmea em uma extremidade para permitir a adaptação de um tampão.
ATENÇÃO 2: O exaustor de fumaça deve ser feito segundo regras estritamente técnicas, com tubos compatíveis entre si. É necessário evitar vazamento (de fumaça, é claro, mas também de condensados) e o risco de incêndio.
Evite fazer cimento normal ou concreto de cimento preto (desprovido de alumina, ao contrário do aluminoso).
Na imagem encontra-se o custo médio dos suprimentos para os diferentes modelos, excluído o custo do tambor e do exaustor de fumaça. A chaminé representa uma parte significativa do orçamento.
O princípio do Poelito é construir um fogão-foguete em um tambor. O fundo do tambor é forrado com mistura isolante. Isso não dispensa você de colocar o aquecedor num suporte incombustível. A parte inferior, onde o fogo se desenvolve, é moldada em concreto refratário em torno de uma cofragem (fôrma ou molde) feita de tubos de papelão. Esses tubos formam reservas ocas: o circuito de fogo e fumaça. A parte inferior forma a base do aquecedor. É uma massa fixa. A metade superior é feita de tubos metálicos removíveis e preenchidos com areia que podem ser deixados no local ou transportados separadamente. O aquecedor é fechado por uma placa de ferro fundido ou por uma placa de vitrocerâmica coberta pela tampa do recipiente como acabamento. O duto exaustor fica no exterior do tambor. A conexão é feita por um conector T dotado de tampa para limpeza. A parte que atravessará o teto e a parte que sairá pelo telhado (ou tudo o que estiver fora do recinto) devem ser isoladas.
Vemos na imagem o fundo do tubo de abastecimento vertical com o seu braseiro em primeiro plano, e ao fundo a saída horizontal das chamas: esta primeira montagem constitui o queimador. Ao fundo podemos ver as duas saídas de fumaça, uma de cada lado do tubo de saída de chama. Essas duas tomadas são unidas por baixo através de um coletor, que envia a fumaça para trás, na direção do escape da fumaça. Este conjunto constitui o coletor. A conexão ao exaustor é feita por T com plugue.
É possível construir poelitos de três tamanhos diferentes, de acordo com o tipo de habitação, o volume de material que será aquecido, a temperatura exterior e a qualidade do isolamento local:
É de baixa potência e baixa massa, para ser reservado para habitações muito pequenas, a menos que você tenha um isolamento muito bom. Por exemplo, para uma caravana grande de 7 m de comprimento, funciona muito bem até à temperatura de 0°C, mas, quando está -5°C, você não pode esperar obter mais do que 12°C pela manhã depois de acender uma fogueira na noite anterior. O uso muito intenso de um poelito de tamanho menor fará que ele seja menos durável. A área de cozimento é bastante pequena e só permite o uso de panelas pequenas.
É o melhor modelo em termos de relação massa-potência/facilidade de movimento. É bastante adequado a um estúdio. Possui boa área de cozimento, e possibilidade de aquecer água.
É o modelo que deve ser preferido para um habitação de estrutura leve que tenham mais de 20 m² e para habitações de estrutura pesada que tenham 35 m² e estejam mais ou menos isoladas. Esse é o tamanho mais favorável para um aparelho que se movimentará pouco e que será dotado da possibilidade de preparo de água quente e assentos aquecidos.
Responsabilidade do usuário
Os autores deste guia e a associação que o disponibiliza não se responsabilizam pelo uso feito do poelito. Você é o único responsável pela implementação do dispositivo proposto. Seja cauteloso na construção dele, diligente, calmo, e acima de tudo crítico de qualquer pretensa boa idéia que você possa ter (aquelas idéia acompanhadas de um “vai dar certo assim...”).
Segurança durante a construção
Sempre use os equipamentos de segurança essenciais para a tarefa que está sendo executada. O metal é um material perigoso para trabalhar e o cimento é tóxico aos sistema respiratório. Providencie uma bancada de trabalho adequada e prenda as peças do material que você vai usar por qualquer meio confiável disponível (grampo, torno, alicate de pressão).
Instalação do aquecedor
Como qualquer aquecedor, existem regras que devem ser seguidas para que você ou sua casa não sejam postos em perigo.
Peso/Fundamentação: O aparelho é relativamente pesado. Em uma habitação leve, é essencial configurar uma transferência de carga sob o piso para evitar que este ceda. No mínimo, você precisará de pelo menos um pedestal que fique no solo duro e apoie efetivamente o chão. Se necessário, adicione uma travessa entre os suportes existentes (vigas) e o pedestal para maximizar o seu efeito. Além disso, uma placa de distribuição de peso é recomendada, porque o piso pode ser relativamente flexível e se deformar localmente sob o efeito de cargas pontuais (pontos de apoio intensos). Isso envolve colocar sobre o piso qualquer material que seja suficientemente rígido e estendido para distribuir os pontos de apoio sobre uma superfície maior do que aquela sobre a qual o dispositivo normalmente repousaria.
Proteção do piso: A proteção deve ser colocada em uma placa de metal grossa o suficiente para distribuir o peso, se necessário. No caso de instalação sobre um material inflamável (um piso de madeira, por exemplo), o aparelho deve ser elevado para permitir a circulação de ar pela parte de baixo, ou para pôr uma massa adicional ou um isolamento espesso.
Distância às paredes: O aquecedor deve ser colocada a pelo menos 15 cm de distância qualquer parede. Se houver menos de 45 cm entre o aquecedor e a parede mais próxima, esta deve ser protegida com isolamento incombustível, como lã mineral. Nunca deve tocar em nenhum material combustível.
Tubos: O exaustor de fumaça deve respeitar absolutamente as normas em vigor. Esses padrões são simples e evitam incendiar sua habitação. Isso envolve, pelo menos, respeitar uma distância de segurança de 30 cm entre qualquer parede inflamável e um tubo de revestimento simples, e usar revestimento duplo ao passar pelo telhado e pelo exterior (com uma distância de segurança no telhado de 10 cm). Qualquer retenção de calor deve ser estritamente evitada: o anel de 10 cm que envolve o tubo que atravessa o telhado não deve ser deixado vazio, mas preenchido com isolamento incombustível. Num espaço vazio (especialmente se estiver fechado) a temperatura pode subir até se inflamar!
Altura da chaminé: A configuração espacial das instalações influenciará circulação de ar. Obstáculos que produzem ventos turbulentos devem ser evitados. Em particular, o exaustor deve ultrapassar o topo do telhado em 40 cm. Para um telhado plano, deve exceder 120 cm (neste caso deve ser devidamente fixado). Normativamente a tubulação também deve ultrapassar qualquer obstáculo presente a menos de 8m de distância (árvores por exemplo).
Escolha da localização: O que determina a localização de um aquecedor é muitas vezes a possibilidade de fazer a chaminé passar pelo telhado. Obviamente em correlação com o layout da sala. Evite elevar o aparelho muito alto para aquecer também ao nível do chão. Se for colocado perto de uma parede, é necessário garantir não só as distâncias de segurança, mas também a facilidade de acesso para circulação e para limpeza.
A construção do poelito depende da produção do concreto. O cimento aluminoso é corrosivo para a pele e irritante para os olhos e vias respiratórias: ao manuseá-lo, vestir luvas, e pôr óculos de proteção e máscara anti-poeira.
Há duas misturas diferentes para produzir:
Os métodos e a construção são explicadas abaixo. Iremos usá-los várias vezes no tutorial
Método de produção do concreto refratário isolante
Método de produção do concreto refratário denso
Como todos os materiais aglutinantes fixados a base de água, a perda de água ou a secagem muito rápida impedem a ocorrência de reações químicas de liga
Decapagem
É melhor decapar a pintura do tambor antes de iniciar a construção. De qualquer forma, deve ser feito antes das primeiras combustões, que causarão bolhas na pintura, a qual não foi projetada para suportar altas temperaturas. A maneira mais fácil de decapar é usar discos de decapagem instalados numa esmerilhadeira. Também é possível usar uma lixadeira ou colocar uma escova de aço em uma furadeira.
Corte
A não ser que você tenha um tambor de tampa removível dotado de alças, você deve cortar a parte superior dele. A parte superior do tambor será a tampa do aquecedor quando estiver terminado. Portanto, você deve evitar danificá-la, e escolher o fundo do recipiente (que está completo) em vez do topo (que tem tampas). Ou seja, vire o tambor de cabeça para baixo.
Equipado com esmerilhadeira e equipamentos de proteção para os olhos, ouvidos e mãos, corte logo abaixo da borda, tomando cuidado para não cortar a segunda espessura da chapa metálica. Assim, a tampa pode ser substituída. A serra também funciona muito bem.
Dica: Comece a trabalhar o metal com uma esmerilhadeira (fácil) e termine com uma serra (precisa). Lembre-se de proteger o chão com uma lona, pois os restos de líquido presentes no recipiente podem escapar pela área de corte.
Limpeza
Agora que o tambor está aberto, ele deve ser limpo, pois provavelmente ainda contém um pouco de óleo. Use serragem ou areia para remover a maior parte do resíduo do conteúdo. Trate esses resíduos de acordo com sua composição, provavelmente como resíduos tóxicos para serem colocados no centro de reciclagem.
O tambor deve ser perfurado com dois orifícios diametralmente opostos que permitam a introdução de tubos. Na frente, o tubo de 100/130/150 mm de diâmetro servirá como entrada de ar e evacuação de cinzas. Na parte de trás, o tubo de 80/100/130 mm será usado para conectar o tubo de exaustão de fumaça (respectivamente os diâmetros do modelo Pito 60/120/200).
Ambos os tubos devem estar a 6 cm do fundo do recipiente. Esta é a espessura da camada de concreto da base. É preciso prestar atenção à borda exterior, para tirar a nervura (está a 6 cm do fundo, ao qual é preciso de acrescentar a espessura da borda, que é cerca de 1,5 cm).
O lado do braseiro
O lado do exaustor de fumaça
No lado do exaustor de fumaça, deve ser fixada, da mesma forma, uma abraçaceira curta com encaixe fêmea. O encaixe fêmea é direcionado para o exterior.
As fôrmas que serão feitas em breve correm o risco de se moverem durante a concretagem; portanto devem ser fixadas para manter boas espessuras.
Os arames devem apontar para dentro do tambor.
A tampa serve para fechar o braseiro e regular a entrada de ar primário.
O sistema de ajuste do ar primário (no braseiro) deve ser preciso e eficiente. É por ele que se controla a potência de combustão.
O fundo do aquecedor é composto por duas camadas diferentes: uma 3 cm de mistura isolante e outra de 3 cm de mistura densa. Elas têm a função de isolar do calor o fundo do tambor, para proteger o piso.
Composto isolante
Tenha cuidado para retirar os fios de retenção da moldagem. Espere duas horas para que a primeira demão seque na superfície antes de despejar a mistura densa.
Dica: Assim que a mistura começar a endurecer, escarifique a superfície do concreto para que a segunda camada grude bem.
Composto denso
Tenha cuidado para retirar os fios de retenção da moldagem. Aguarde 24 horas antes de despejar o restante.
Agora teremos de fazer a cofragem perdida para derramar o concreto refratário. Ou seja, fazer os dutos para a circulação do fogo e dos gases. Para isso, usando papelão, devem ser feitos os moldes para os diversos dutos. Uma vez que o concreto é derramado, os moldes precisarão ser removidos. Eles devem, portanto, ser fortes o suficiente para suportar a pressão do concreto; será mais fácil removê-los quando o conjunto estiver seco.
A espessura mínima do concreto entre as diferentes peças e entre as peças e o tambor deve ser de 3 cm. Por baixo, o concreto pode rachar e tornar menos durável o aquecedor. Há também o risco de má circulação da fumaça, causando, portanto, um aquecedor que funciona mal. Então você tem de pensar nisso na hora de construir os moldes e principalmente quando eles forem colocados no recipiente para despejar a mistura.
Corte
O corte é feito com serra para papelão grosso (veja o quebra-cabeça, muito prático) e com um cortador.
Conjunto
Tenha o cuidado de cobrir bem as junções, para que o concreto não penetre para dentro dos tubos.
DICA: Para a conexão com o braseiro ou exaustor de fumaça, faça uma redução com outro pedaço de papelão bem rígido. Retire uma faixa para reduzir o diâmetro para poder colocá-la no molde de papelão.
DICA: Deixar uma margem de 2 cm de altura para manter uma alça para fazer a remoção da cofragem.
DICA: Uma vez feitos o coletor e o tubo horizontal de saída de chama (o mais difícil de remover), é possível cortá-los longitudinalmente, em 2 ou 3 peças para depois voltar a montá-las. Eles serão mais fáceis de remover.
Uma vez terminada e embalada, a fôrma de papelão deve ser colocada no tambor e fixada. Comece pela exaustão da fumaça:
Faça o mesmo com a cofragem do braseiro
A remoção da cofragem pode ser feita 12 horas após o concreto ser despejado. Esta é uma etapa bastante tediosa.
O uso de álcool isopropílico facilita a combustão dos elementos que precisam ser removidos, mas tome cuidado para nunca pôr álcool no fogo. Uma vez que o fogo tenha começado, use pequenos pedaços de madeira seca para continuar a combustão.
O comprimento do tubo que será utilizado para o abastecimento de madeira deve ser ajustado de forma que sua extremidade superior ultrapasse a tampa e possa receber um tampão. No entanto, deve ser o mais curto possível, porque o efeito de tiragem térmica (efeito-chaminé) que ocorre aqui durante a combustão se opõe ao da linha de evacuação. Quanto mais curto, mais fácil é acender.
Para o duto de abastecimento, proceder da mesma forma que para o braseiro, sem incluir entrada de ar:
Para ajustar o ar secundário basta colocar a tampa entreaberta. Em funcionamento, a tampa nunca estará totalmente fechada. Quando desligado, a tampa deve estar fechada, para evitar que o aquecedor quente continue a sugar ar para dentro da parte, aquecê-la e expeli-lo.
O sistema funciona melhor se a lareira estiver equipada com uma grade, de maneira que o ar primário a chegue por baixo (no braseiro). Isso reduz as brasas à medida que você recarrega.
Para fazer este tubo, que será de concreto, é necessário fazer um molde usando dois tubos de papelão colocados um no outro. O diâmetro do tubo interno deve corresponder ao concreto despejado (100/100/80). O tubo externo deve ter um diâmetro de cerca de 6cm a mais do que o interno, para permitir se obter um tubo de espessura de 3cm. Este tubo deve ser mais curto do que o chapéu-canhão em 2 a 3 cm, a fim de deixar um espaço sobre o vidro para a circulação de fumaça.
DICA: Se você não tiver um tubo de papelão com o diâmetro certo, você pode fazê-lo rolando o papelão sobre si mesmo. Enrole com as "veias" do papelão na altura.
ALTERNATIVA: Para o modelo Pito 60, é possível fazer um invólucro em mistura isolante ou cortar um tubo em metal grosso, por exemplo em um extintor (não alumínio) porque o espaço é muito estreito.
O chapéu-canhão deve contornar o conjunto do tubo ascendente de chama e os dois tubos de extração de fumaça. Você tem de tentar fazer o chapéu-canhão no menor tamanho possível, para poder pôr o máximo de areia possível ao redor.
Formato
Atenção: Evite dar-lhe uma forma semelhante a um feijão, porque poderá deformar com o tempo. Com os ciclos de aquecimento e resfriamento, a areia se compacta e exerce forte pressão sobre os elementos metálicos. O chapéu-canhão pode então ser comprimido e deformado se sua forma não for simplesmente oval.
Se o chapéu-canhão for muito grande, é necessário encolhê-lo (cortar e aparafusar) para ajustá-lo aos elementos.
Ajuste de altura
O vidro deve cobrir todo chapéu-canhão. Antes de cortá-lo, verifique as dimensões do seu poelito; é importante certificar-se de que o molde é do tamanho certo.
O vidro deve ser um vitrocerâmico, resistente a altas temperaturas. Veja acima a etapa nº 1 - Aquisição de material
Se você o comprar numa loja de bricolage (custo médio entre 400 – 700 €/m²), corte-o no próprio local. (MODELOS AO LADO)
A tampa fecha a parte superior do poelito, e não tem função específica no sistema.
A construção do aquecedor está concluída; antes de instalá-lo no seu futuro recinto, merece dê uma demão de tinta.
A construção do Poelito está finalizada! É hora de tirá-lo da oficina para encontrar um lugar duradouro, para usufruir dele durante as longas noites de inverno.
Tenha o cuidado de respeitar as regras de segurança mencionadas na Etapa n° 4.
Uma vez instalado o dispositivo no lugar certo, sob uma base adequada, e com seu tubo instalado, você deve começar a montar o chapéu-canhão e o duto de abastecimento.
Argamassa de argila: terra argilosa (que gruda) e areia em proporções variáveis. Geralmente 1 medida de argila para 3 a 5 de areia, com água suficiente para fazer bolas que se unem e grudam. Se se tratar de gesso ou alvenaria, é melhor certificar-se de ter as proporções ideais, aqui não importa.
Ponha o vido sobre o chapéu-canhão, sem selá-lo.
Será preciso usar madeira muito seca, caso contrário o aquecedor aquecerá mal e ficará entupido. Você precisa de 2 tipos de combustível:
Se a seção de 10 a 15 cm do duto de abastecimento (conforme o modelo) for preenchida com um único tronco grande, ele não queimará bem! Diâmetros variados e complementares são necessários para preencher adequadamente o duto. A madeira retorcida impede um bom enchimento, e por causa disso poderá ser necessário cortar os ramos onde eles estão retorcidos, mesmo que isso resulte se obter comprimentos diferentes. Caso contrário, qualquer espécie servirá, desde que a madeira esteja seca.
Ponha no duto de abastecimento, a partir da abertura superior, nesta ordem:
Assim que a carga de pré-aquecimento estiver bem acesa, adicione por cima, sem comprimir, madeira suficiente para preencher toda a área de abastecimento. Esta é uma condição importante para que a madeira queime corretamente: a queima é melhor se você preencher toda a área. O fogo desenvolve-se mais na zona da chama, e menos no canal de abastecimento.
Tenha cuidado para não apertar demais a madeira, que deve ser capaz de descer naturalmente enquanto queima.
Verifique de vez em quando se a madeira está queimando apenas na parte inferior sem causar bloqueio. Agite a madeira para ajudá-la a descer, se necessário. Ajuste da tiragem térmica: deve-se manter uma pequena abertura no braseiro para evitar o acúmulo de brasas. Se esta abertura for muito grande, o fogo pode ser levado até subir e fumegar por cima. A maior parte do ar deve chegar pela parte superior do duto de abastecimento: reduza-o no máximo pela metade, mas nunca mais!
Se o vidro ficar escurecido, é por causa de uma das seguintes três possibilidades: a madeira não está seca, a taxa de combustão é muito intensa (muito ar no braseiro), ou a entrada de ar de cima é muito baixa.
ATENÇÃO: Durante o fogo vivo, o dispositivo requer pouca supervisão e manutenção. Mas com madeira muito longa, a combustão pode subir pelo duto de abastecimento, e ficarem descontroladas, principalmente se for usada madeira macia (palete). Nesse caso, borrife um pouco de água na linha de alimentação para resfriá-la.
A única manutenção que deve ser rotineiramente realizada é o esvaziamento das cinzas. Se o nível de cinzas for muito alto, ocorrerá um acúmulo de brasas, a ponto de bloquear a saída lateral em direção à zona da chama; isso resultará em uma a parada emergencial, após uma grande produção de fumaça!
Manutenção anual: A legislação obriga todos os utilizadores de fornos-a-lenha a limpar a duto de exaustão de fumaça duas vezes por ano, e em pelo menos uma dessas vezes o forno deve estar produzindo aquecimento. Para limpar o duto, deslize uma escova de náilon de diâmetro apropriado através do plugue de varredura. Suba e depois volte para baixo. Se você fizer isso em um forno que ainda está quente, a corrente de ar estimulará a poeira a sair pelo topo, em vez de sair em direção ao recinto. Também é importante esvaziar o depósito de cinzas que se formará no fundo do circuito de chama e principalmente no fundo do coletor de fumaça. Este é o local preferido para a sedimentação das cinzas volantes; daí a utilidade de varrer as escotilhas na frente do coletor.
Você tem dois minutos? Ainda que você não queira construir esse produto low-tech, sua resposta ao formulário nos ajudará a melhorar nossos tutoriais. Agradeço antecipadamente a sua ajuda!
Como todo o trabalho do Low-tech Lab, este tutorial é participativo. Não hesite em adicionar as modificações que lhe pareçam importantes e compartilhar suas produções nos comentários.
Você pode baixar uma ficha educativa criada pelo Low-tech Lab por ocasião da exposição Em busca de um habitat sustentável na parte "Arquivos" do tutorial (aba na seção "Ferramentas-Materiais")
Você pode baixar o modelo 3D do aquecedor de massa descrito neste tutorial, versão PITO200, no formato STEP.
- Encontre tudo isso e ainda mais no site da associação "Des2mains":
- Muitas outras informações sobre o uso do poelito e outras soluções no site do David:
et
- Ótimo feedback sobre a construção e uso do fogão de Jacob Karhu: https://www.youtube.com/watch?v=ltxlY5X3hRk
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